Mortes de animais por raiva em SP alertam sobre a doença
1 de julho de 2019
Por: Da Redacao
Tags: doença , mortes por raiva , raiva , saúde
Transmitida pela saliva de animais infectados, a raiva é uma doença fatal, prevenida por meio de vacinação
A confirmação da morte de 92 animais por raiva deve servir de alerta à população para certos cuidados de prevenção à doença.
O número foi registrado de janeiro a junho deste ano, no Estado de São Paulo.
“Mesmo que não tenha qualquer registro em humanos, a raiva não tem cura e pode causar a morte em 100% dos casos”, diz o biólogo Horácio Manuel Teles.
Ele é membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
Dos casos registrados no período, 73 foram com animais silvestres e 19 com cães e gatos.
Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, a raiva é transmitida pela saliva de animais infectados.
“Principalmente por meio de mordida, mas também por arranhões ou até mesmo lambidas”, explica o Biólogo.
O que fazer
Quem for atacado por algum animal deve procurar assistência médica imediatamente.
Em caso de ferimento, deve ser feita limpeza com água, sabão e produto antisséptico.
Além disso, dependendo da avaliação clínica, pode ser aplicada uma vacina ou soro.
Entretanto, a prevenção ainda continua sendo o melhor remédio.
“Principalmente para pessoas com risco mais alto de contaminação ou que estão sob risco permanente de infecção, é importante a vacinação antirrábica antes de qualquer situação que possa causar a transmissão. Além, claro, de obedecer a vacinação anual de cães e gatos”, completa o biólogo.
Nos últimos 30 anos, o controle da raiva em cães e gatos reduziu significativamente taxa de mortalidade por raiva humana.
Após o período de incubação da doença, alguns dos sintomas da raiva são mal-estar geral e aumento de temperatura.
E, ainda, dor de cabeça, dor de garganta, irritabilidade e sensação de angústia.
Esse período tem uma média de 45 dias nos humanos.
“Mas os sintomas podem progredir para febre, delírios, espasmos musculares involuntários e também para convulsões, por exemplo”, lista o membro do CRBio-01.
A pessoa se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso.
A evolução de piora do quadro clínico, após o surgimento dos primeiros sinais e sintomas da doença, pode levar a pessoa a óbito. Isso em um prazo de até 2 a 7 dias.